Queria ser aquele gato que vejo
na casa da minha vizinha. Ah! Como queria. Ele ali dorme tranquilamente com uma invejável
respiração diafragmática como se o mundo fosse um lugar fácil de viver. Queria
ser aquele gato que cochila em confortável almofada e levanta de vez em quando
para tomar sua água, leite ou comer algo.
O que será que ele está sonhando? Mas será que gatos sonham? Não sei responder. Porém, que ele está em um sono profundo, eu tenho certeza. Ali, calmamente ele repousa. Não tem dívidas para pagar, não tem que distribuir currículos, não precisa incomodar-se com os impostos, não tem que receber os nãos da vida, responder o “zap”, nem muito menos suportar a incompreensão, curiosidade e indagações indiscretas das pessoas. Ali ele dorme o sono que um dia tive quando bebê e espero alcançá-lo novamente se possível: o sono da não preocupação.
Dorme, gatinho! Dorme em paz!
Seu sono é uma benção. Não se incomode, a vida passa e a gente que tem que
aprender a viver enquanto não passamos.
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