- Olá, tudo bem?
- Olá, tudo bem. E cm vc?
- Tudo bem tbm.
- Que bom. Precisando de alguma coisa?
- Não. Mandei esta mensagem para ver como vc estava.
Simples, mas profundamente importante: a potencialidade da gratuidade. Eis um valor perdido em nossos tempos. Pare e pense quantas pessoas mandam mensagem ou ligam para você pelo simples fato de querer saber como você está. Provavelmente muito poucas ou quase nenhuma. Sim, pode parecer pessimismo, mas estamos cada vez mais imersos na cultura da utilidade. Mando mensagem, ligo ou visito quando preciso de algo e só. O erro não estar em mandar um "ZAP" quando estou precisando, mas em resumir o contato a isso. O mesmo se aplica a uma ligação ou visita. Sim, parece que vivemos a cultura do procura quando precisa... Precisa de conselho, de alguém para escutar, de uma roupa, de um sapato, de um favor, de um pouco de arroz, de... de... E por aí vai. E quando está tudo bem, o "ZAP" fica silencioso como aquelas cidades dos filmes de faroeste ou como nossas cidades pequenas na segunda-feira à noite. A triste realidade da utilidade: se preciso de algo converso, mas se não preciso deixo de lado até necessitar. Fico muito feliz quando recebo uma mensagem, ligação ou visita em que posso ajudar, mas fico mais feliz quando não sou lembrado apenas nesses momentos. Cultivemos o jardim da gratuidade. Por qual razão ficar esperando só o momento da necessidade para ligar, enviar uma mensagem ou visitar? Liguemos, enviemos mensagens ou visitemos antes disso. Não caíamos na cultura da utilidade, mas cultivemos a lógica da gratuidade!
Emanuel Tadeu
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