(Imagem: Internet)
Disse um homem extraordinário: "Não julgueis para não ser julgado" (Mt 7,1). Que verdade! Infelizmente tenho constatado que nós, seres humanos, temos uma grande facilidade em julgar os outros. Julgamos suas atitudes, roupas, aparência, palavras, casa, emprego, trejeitos, hábitos, relacionamentos, julgamos... Julgamos... E julgamos...
Segundo o renomado dicionário Aurélio, julgar significa: 1. Decidir como juiz ou árbitro; 2. Sentenciar; 3. Supor, conjecturar; 4. Firmar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar; 5. Considerar; 6. Sentenciar... Interessantes definições. Fiquei pensando a partir delas que para julgar, eu me coloco como juiz, ou seja, como alguém que está acima da pessoa julgada. Inconsciente ou conscientemente, sentado em meu confortável trono de vermelhas almofadas, dourados brocados e cedro inabalável, considero-me juiz capaz de fazer sentenças sobre o outro. O pior é que na maioria das vezes, julgamos e nem recordamos que o nosso "telhado é de vidro". Como diz o cômico ditado: “Macaco senta no próprio rabo para falar mal do rabo dos outros”. Quantas vezes vi pais criticando a filha dos outros por certas atitudes e depois eram as próprias filhas deles que estavam fazendo a mesma coisa ou pior. Vi também um velho homem extremamente severo e rígido com a esposa e filhas e que no fundo traía sua mulher com amantes. Talvez precisamos ter mais cautela com nossos julgamentos, com nossas "sábias" sentenças.
Penso também que se utilizássemos a medida que usamos com os outros conosco mesmo ou os nossos, será que passaríamos no teste? Recordo aqui São Filipe Néri, santo de minha devoção, que disse: “Ser misericordioso com os que caíram é melhor meio para não cairmos nós mesmos!”.
Há pouco tempo, postei uma imagem que traz uma frase bastante provocativa: "Aprenda a não julgar ninguém. Você nunca conhece a história inteira". Realmente, você, por mais que tente, nunca conseguirá saber o que a outra pessoa passou e por que se tornou assim ou toma tais atitudes. Por mais que calçássemos os mesmos sapatos ou utilizássemos as mesmas roupas, não conseguiria saber plenamente o que levou outrem a ser assim. Na maioria das vezes, o outro é terra desconhecida para mim. Devo respeitá-lo.
Creio que cada vez mais precisamos colocar as pedras do julgamento no chão ao invés de atirá-las. Tentar não ser hipócrita e viver de aparências como a nossa sociedade atual conserva-se já é um bom começo para uma mudança para melhor.
Imagino que uma das interpretações para a citada proposta de Jesus sobre não emitir julgamentos esteja contida no pensamento de Santa Teresa de Calcutá que assim proferiu: "Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las".
E aí, o que vamos fazer: julgar ou não? Eis uma opção...
Emanuel Tadeu
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