Com um tercinho nas mãos
Sempre de vestido
Cabelos brancos e curtos
Mãos enrugadas e olhar puro.
Mulher de poucas palavras
Talvez por que o tempo já dissera muito
Ou simplesmente era seu jeito de ser
Silenciava os lábios para falar o coração.
Ali, pequena e silenciosa
Quanta coisa havia dentro de seu coração?
Quanta experiência vivida em uma única vida?
Havia mais ali dentro do que pudéssemos supor.
Passara pelas diversas dificuldades da vida
Pobreza, alcoolismo do marido, êxodo rural, morte de filhos...
Enfrentara os duros conflitos de nossa humana condição
Mas nunca se percebeu um olhar de desânimo.
Juntava os filhos ao seu redor
E na oração resolvia os problemas
O terço era sua melhor estratégia
Rezava, rezava... ainda que tudo parecesse desabar.
Quem a visse ali na sua velhice
Poderia não compreender
Como tão pequena fisicamente
Fosse tão grande de espírito.
Mulher, mãe, vó e bisavó...
Riso e choro, oração e preocupação,
Poderia ter vivido melhor?
Não sei se sim,
Mas o que viveu
O fez com maestria.
Tinha suas peculiaridades
Morria de medo de chuva
Quando o céu escurecia e trovejava
Em meio a preocupação
Entoava “o bendito...”
Agora descansa em verdadeira paz
Junto ao Deus que tanto buscou
Encontrou o Céu
Já não precisa rezar o terço
Pois está ao lado da Senhora dele.
De seu bisneto, Emanuel Tadeu
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Linda homenagem 🙏🙏❤
ResponderExcluirLinda homenagem
ResponderExcluirParabens pra voce grande poeta
Linda homenagen
ResponderExcluirVoce é um grande peta
Parabens
Linda homenagem!!!!! Parabéns
ResponderExcluirPerfeito! Amor de bisneto com a força do Espírito Santo a iluminar. Deus é dona Celina abençoe você.
ResponderExcluirMuito linda homenagem!!!! Parabéns. Que neto carinhoso, que Dona Celina tinha. Ela deve está muito feliz.
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