Havia um homem que tinha uma característica singular, era inflexível. Seus joelhos não dobravam, não conseguia abaixar. Tanto era inflexível que usava sapatos que não possuíam cadarços, pois não conseguia inclinar-se para amarrá-los. Mas ele não nasceu assim, tornou-se assim. Quando criança, era muito flexível, brincava bastante e não tinha problemas em abaixar. Gostava de brincar de “vivo ou morto”. Agachava sem problemas. Com o tempo, devido às experiências da vida, seus músculos foram enrijecendo e ele acostumou assim, não se preocupou em cuidar do caso. Chegou um tempo em que não conseguia mais inclinar para nada. Tornou-se característica sua a inflexibilidade. Certo dia, o homem inflexível passeando no jardim, viu ao longe que havia algo que refletia a luz do sol em um brilho bastante forte. Aproximando-se percebeu que no chão estava uma barra de ouro. Pensou: “agora estou rico!”. Riu sozinho. Porém, ao tentar pegar a barra, não conseguiu, pois teria que abaixar e isso era impossível àquele homem devido a sua característica adquirida. Ficou triste. Como poderia perder aquela oportunidade tão preciosa? Perder aquele tesouro? O homem inflexível foi embora triste consigo mesmo.
Se não inclino algumas vezes, perco tesouros.
Emanuel Tadeu
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