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Mostrando postagens de abril, 2021

Semana Santa Poética

Fonte da imagem: internet  Domingo de Ramos da Paixão do Senhor Ramos espalhados Nas janelas e portões Nas ruelas e avenidas Nas mãos e no coração.   Verde em sua aparência Leva nosso olha além Uma cor tão comum A esperança nos sustém.   O Rei vai passar perto do lar Na estrada defronte a minha janela Vem trazendo esperança Dando cores a nossa tela.   Hosanas ao Rei! Das mãos pequenas da criança Das mãos calejadas do trabalhador Das mãos do povo da Aliança.   Ele vê a todos no caminho Não despreza ninguém em sua história É o dia Santo dos ramos Na grande Semana da vitória.   Ei-lo em nossa porta Caminhando para cruz Deixa-me segui-Lo Ó desconcertante Rei Jesus! Fonte da imagem: internet  Procissão do Encontro Era noite Madrugada Ela saiu apressadamente Desejava encontrar seu filho Nada podia detê-la Quem poderia parar uma mãe em busca do filho? É possível frear o coração materno? Não, nada cessa o amor de mãe N

Dona Celina

  Com um tercinho nas mãos Sempre de vestido Cabelos brancos e curtos Mãos enrugadas e olhar puro.   Mulher de poucas palavras Talvez por que o tempo já dissera muito Ou simplesmente era seu jeito de ser Silenciava os lábios para falar o coração.   Ali, pequena e silenciosa Quanta coisa havia dentro de seu coração? Quanta experiência vivida em uma única vida? Havia mais ali dentro do que pudéssemos supor.   Passara pelas diversas dificuldades da vida Pobreza, alcoolismo do marido, êxodo rural, morte de filhos... Enfrentara os duros conflitos de nossa humana condição Mas nunca se percebeu um olhar de desânimo.   Juntava os filhos ao seu redor E na oração resolvia os problemas O terço era sua melhor estratégia Rezava, rezava... ainda que tudo parecesse desabar.   Quem a visse ali na sua velhice Poderia não compreender Como tão pequena fisicamente Fosse tão grande de espírito.   Mulher, mãe, vó e bisavó... Riso e choro, oração

Pareceres da pandemia

                                                                              (Fonte da imagem: internet ) E de repente o vírus estrangeiro, de morada longínqua, chegou até nós. Veio no silêncio do dia a dia e entrou em nossos municípios, casas e trabalhos... Não pediu licença nem permissão para hospedar-se. Chegou e tomou conta do ambiente. Parecia inofensivo no princípio, muitos não acreditaram em sua virulência. Com o tempo, fomos o conhecendo e percebendo sua intensidade. Curioso que ele, se revelando, revelou muito de nós. Que não somos imunes a tudo, Que o que afeta o outro também me afeta, Que o mundo está interligado, Que ricos também adoecem e morrem, Que a vida é frágil, Que vidas importam, Que a saudade dói, Que a fé é mais potente do que pensávamos. Antes eram nomes, números de contagiados e óbitos distantes. De repente já era possível conhecer os infectados e afetados.         Era meu vizinho ou vizinha, meu amigo ou amiga, meu colega de trabalho ou de bate-papo, eu. Se an

Procissão do Encontro

  (Imagem da internet) Era noite Madrugada Ela saiu apressadamente Desejava encontrar seu filho Nada podia detê-la Quem poderia parar uma mãe em busca do filho? É possível frear o coração materno? Não, nada cessa o amor de mãe Não a impeçam! Deixem-na ir!   Era manhã Véspera de Páscoa Um julgamento injusto O cordeiro para o sacrifício A multidão mentira Ele saiu com a cruz Desejava fazer a vontade do Pai Nada podia detê-lo Quem pode cessar o amor latente do amado? É possível ser infiel a própria essência? Não, não há divisão no amor! Ele caminha para cruz Segue com alta liberdade.   No caminho Sob sol palestinense Na rua da amargura Com poeira e dor Mãe vê filho Filho encontra mãe O rio deságua no mar O coração encontra o Coração Olhares se cruzam O tempo e o eterno Nada a dizer O coração já disse tudo Sentimentos se entrelaçam Adeus! A Deus! Ele segue a via crucis Ela o segue Ele com a cruz Ela trans