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Um dia saí procurando a felicidade...


Primeiro fui batendo de casa em casa perguntando o que era ser feliz, mas ninguém sabia me responder ao certo, outros nem acreditavam que a felicidade existia e alguns nem me atenderam, pois estavam ocupados com suas tarefas.

Continuei o caminho e vi pessoas na rua que andavam com pressa querendo chegar a algum lugar, vi pessoas no celular conversando, outras inseridas nas redes sociais e algumas ainda olhando a hora no seu relógio de pulso. Vi também pessoas sentadas nos bancos da praça e outras na lanchonete e mesmo estando acompanhadas permaneciam sozinhas em seus celulares. Nenhuma delas tinha tempo para parar comigo e por isso continuei o caminho.

Passei em frente a um salão e vi um velório, pessoas tristes chorando e outras distraídas. Pensei como é difícil perder alguém que se ama. Perguntei a um moço se ele me informava onde podia encontrar a felicidade e ele me falou que naquele momento ela não existia para ele. Só havia dor em seu coração.

Continuei o caminho e vi alguns mendigos pedindo esmolas. Perguntei a eles sobre a felicidade e um falou que não acreditava nela e outro disse que ela era algo grandioso que se alcançava somente no próprio interior e em algo além de si mesmo. 

Pensei naquilo que o mendigo me falou e fui observando ao longo do caminho de volta vendo que realmente as pessoas mais felizes são aquelas que não colocam sua alegria em matéria, mas buscam algo transcendente e neste algo depositam sua confiança. Percebi também que a felicidade está dentro de mim mesmo e que busca-la é algo que todo ser humano faz mesmo que não perceba. Quando o ser humano não coloca em algo transcendente sua felicidade, ele procura coisas passageiras e cria expectativas que nem sempre são correspondidas e se são é só por algum tempo, depois ele volta a buscar de novo outra coisa para satisfazê-lo. Concluí que a verdadeira felicidade está muito mais perto do que nós pensamos...

Emanuel Tadeu

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