Sr. Relojoeiro,
Por que vive a atrasar seu relógio?
Por que vive a voltar as horas?
Tem medo do futuro?
O que lhe causa espanto?
Atraso os ponteiros, ó menino,
Para atrasar o tempo
Atrasar as horas
Para ter impressão
De prolongar minha vida.
Cada segundo que perco
Sou deixado para trás
O caminhar dos ponteiros
A areia da ampulheta
Que escorrendo não volta
A pedra lançada no lago
Que após quicar afunda.
Meu relógio deveria ser mais lento
Mas ele não me obedece
Eu suplico, mas não me escuta.
Oxalá quando ele parar
Eu esteja preparado
Para tirá-lo do pulso
Colocá-lo no chão
E
seguir o caminho.
Emanuel Tadeu
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