Era uma vez uma floresta. Nela viviam muitos animais. Certo
dia houve uma eleição e a coruja foi eleita pelos animais como sua
representante. A coruja foi considerada honesta, digna do cargo para o qual foi
eleita.
Um dia a raposa procurou a coruja. Ao chegar à árvore em
que ela trabalhava, chamou-a e disse: "Preciso de um favor". "Diga qual é",
respondeu com atenção a coruja. "Necessito de madeira para construir um paiol." "Um
paiol?", indagou a ave. "Sim, quero guardar alimentos das minhas plantações para
ter o bastante para meu sustento", respondeu a raposa. A coruja ficou pensativa,
pois sabia que os recursos da comunidade deveriam ser investidos no bem de
todos e não somente de um membro, tendo como exceção os momentos de enfermidade
e outras circunstâncias necessárias. A coruja pensou e disse: "Prezada raposa, sei
que você quer construir um paiol para estocar alimento, mas estamos
direcionando nossos esforços por construir um dique na entrada do vale para que, caso chova, a água do rio não destrua nossas casas como aconteceu ano passado." A raposa ficou muito irritada pela postura da coruja e saiu enfurecida. Fofocou
com os outros animais que a coruja negou ajudá-la e disse que nunca mais
votaria nela para administrar a comunidade. Muitos ficaram com raiva da postura tomada pela coruja.
Aconteceu que um dia, imprevisivelmente, choveu mais do que de costume. Por consequência, o rio transbordou. A água foi em direção às casas
dos animais, mas quando chegou em frente ao dique, a forte correnteza foi
barrada e a água direcionou-se para outro lado e a floresta foi salva. Vendo
tudo isso, a raposa compreendeu que buscar fazer as coisas em vista do bem
comum é mais importante do que pensar só em si. O dique construído salvou a sua
casa e a de todos da floresta. Daquele dia em diante, a raposa nunca mais foi a
mesma.
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