Pular para o conteúdo principal

Conto: O dia de todos os Santos...



No primeiro dia de novembro, a Santíssima Trindade resolveu fazer uma festa no céu para comemorar o dia de todos os santos com os santos. Jesus chamou Nossa Senhora e pediu a ela que O ajudasse na organização da festa. O Espírito Santo ficou responsável por comunicar a todos os santos e marcou o lugar de encontro e horário. Assim aconteceu. Todos os santos reuniram-se às 18 horas no salão nobre do céu, situado perto do call center de intercessões e ao lado do escritório da Trindade. Estava tudo escuro quando, de repente, a luz acendeu e:
- Surpresa!!! Gritou a Trindade juntamente com Nossa Senhora.
Houve risos e aplausos. A festa começou. Todos conversando, alguns dançando, outros partilhando os milagres pelos quais intercederam naquele dia. Alguns mencionaram sobre como foi a festa das comunidades que são padroeiros. Até que chegou a hora de partir o bolo. Todos se dirigiram para a mesa principal, mas uma surpresa:
– Cadê o bolo? Indagou Jesus a Nossa Senhora.
Ela calmamente falou:
- Deixei sobre a responsabilidade de São José, meu Filho.
- E cadê ele?
Maria olhou para Jesus um pouco preocupada. Já estava saindo à procura de seu santo esposo quando chegou o anjo Gabriel e disse:
- Alegrem-se! Não se preocupem! Creio que alguém se esqueceu de comprar o bolo, pois dormiu mais do que devia.
Foi então que São José entrou de pijama no salão nobre, bocejando. Ao ver toda a Igreja Triunfante junta indagou:
- O que está acontecendo?
Maria respondeu:
- Meu querido, você se esqueceu do favor que lhe pedi?
As bochechas de José coraram.
- Não se perturbem! - Exclamou Deus Pai sorrindo - como eu sei que José tem bastante sono, eu mesmo fiz o bolo. Houve risos.

Assim, cantaram os parabéns e a Trindade homenageou a todos os santos e agradeceu por terem, durante a vida terrena, se entregado completamente aos planos divinos, mesmo quando parecia difícil confiar. E naquele dia, o céu comemorou a vida de tantos homens e mulheres de todos os tempos, nações, continentes, línguas e raças que se doaram inteiramente pela Verdade, que deu sentido a sua vida e os orientou em sua existência.

 Emanuel Tadeu

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atos Gratuitos

(Imagem da internet)   - Olá, tudo bem?         - Olá, tudo bem. E cm vc? - Tudo bem tbm.     - Que bom. Precisando de alguma coisa? - Não. Mandei esta mensagem para ver como vc estava. Simples, mas profundamente importante: a potencialidade da gratuidade. Eis um valor perdido em nossos tempos. Pare e pense quantas pessoas mandam mensagem ou ligam para você pelo simples fato de querer saber como você está. Provavelmente muito poucas ou quase nenhuma. Sim, pode parecer pessimismo, mas estamos cada vez mais imersos na cultura da utilidade. Mando mensagem, ligo ou visito quando preciso de algo e só. O erro não estar em mandar um "ZAP" quando estou precisando, mas em resumir o contato a isso. O mesmo se aplica a uma ligação ou visita. Sim, parece que vivemos a cultura do procura quando precisa... Precisa de conselho, de alguém para escutar, de uma roupa, de um sapato, de um favor, de um pouco de arroz, de... de... E por aí vai. E quando está tudo bem,...

Um coração cansado de esperar

Um coração cansado de esperar E decidido a perseverar Alegra-se ao encontrar um semelhante para partilhar Afinal, fomos feitos mesmo para amar. E nas voltas da vida iremos nos encontrar. E então, a alegria brotará da sua escolha em esperar. Durante este período O orgulho insiste em nos visitar Trazendo a ideia de que já sei o suficiente e estou pronta para lhe encontrar As lágrimas escorrem por não sabermos lidar Com a angústia e a pressa do que o amanhã trará E assim passam anos, séculos, nos quais encontramos pessoas para nos ajudar A perseverar e crer que o amanhã logo virá. Adriana da Silva Ribeiro

Mulheres

  As mãos que vejo Cansadas da labuta Com força e ternura São dela, são da mulher.   Mãos de trabalho, Mãos do afago, Mãos de mãe, Mãos do regaço, Mãos de mulher.   Os olhos que vejo são dela Olhos recheados de amor Banhados pela vida Entre tantas feridas São dela, são da mulher.   Os pés nos sapatos Entre um passo e o descompasso Caminham pela vida Deixam passos em seguida São dela, são da mulher.   O sorriso aberto As palavras em melodia O gosto pelos filhos A luta de cada dia São elas, são mulheres.   De calça ou de saia No escritório ou na cozinha Nos livros ou nas panelas São atentas e fortes São elas, as mulheres.   O coração em seu peito Palpita em segredo No ritmo da vida Trabalho e família É dela, é da mulher.   Não se preocupe, ó doce ser A vida tem tantas batalhas Mas no correr dos ponteiros Não deixarão passar em branco A grandiosidade do seu ser,...