(foto: internet)
Desabafando, eu não concordava que Santa Teresinha fosse
padroeira das missões. Como pode, pensava eu, uma mocinha que viveu sua vida em
um Carmelo ser considerada padroeira mundial das missões? Não que quem viva em clausura
não seja missionário, muito pelo contrário, admiro bastante a vida contemplativa
e rezo por essas vocações e sei da grande contribuição que dão à Igreja e como
a sustentam em oração, mas há tantos santos que saíram de sua terra,
enfrentaram tantos perigos, sofreram muito em outras nações e uma mocinha que
viveu dentro de um mosteiro ser padroeira mundial das missões? Escutava isso,
mas não conseguia “engolir”, usando aqui de uma linguagem comum. Até que Deus
me fez perceber algo que não havia pensado. Santa Teresinha merece sim ser
padroeira das missões, pois ela evangelizou lugares que são bastante difíceis
de evangelizarmos, isto é, nós mesmos, nossa família e comunidade.
Todo lugar apresenta alegrias e dificuldades de
evangelização, mas nós mesmos, a nossa família e a comunidade a qual fazemos
parte, com certeza, é um dos lugares mais difíceis para sermos missionários. Muitas
vezes parece ser mais fácil pregar o Evangelho para uma comunidade distante do
que fazer isso dentro de si, da própria casa e da comunidade.
O primeiro lugar que eu sou chamado a evangelizar, a meu
ver, é dentro de mim mesmo, sou terra de missão, campo de evangelização. De
nada adianta tentar ser missionário se não carrego em mim Aquele que é a razão
disso. O segundo lugar é minha família e comunidade. Dentro de casa é campo
constante de testemunhar Deus, mas não é nada fácil fazer isso, pois, nos
sábios dizeres populares, “da porta para dentro, só quem convive sabe como é”. A
comunidade da qual faço parte seja ela comunidade de fé, acadêmica, de trabalho
e outras, são locais em que devo ser missionário cotidianamente e isso é
bastante exigente. Eu estou ali todo dia, por isso devo ser missionário todo “santo
dia”. Claro que ninguém sozinho vai conseguir fazer de si e do que está a sua
volta o lugar perfeito, mas o esforço já trará grandes frutos que, aliado ao
esforço de outras pessoas, fará com que haja mais fraternidade.
Sendo assim, posso confirmar, pessoalmente, que Santa
Teresinha é a padroeira mundial das missões, pois evangelizou sem percorrer
grandes distâncias físicas, sem se dirigir a outras nações. Entretanto, trilhou
caminhos espirituais que poucos conseguiram alcançar e foi ao profundo de si,
de Deus e do outro, que viagem alguma poderia levá-la a tanto.
Por isso, digo e afirmo: Santa Teresinha, padroeira mundial das
missões: rogai por nós!
Emanuel Dias
Reflexão bakana...Parabéns. Devemos seguir os passos de Santa Teresinha. Concordo plenamente caro irmão: o lugar mais difícil é o nosso próprio coração e as coisas que estão a nossa volta, ou até mesmo próximas de nós.
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ResponderExcluirSer missionário é ter a consciência de que a vida é um brevíssimo segundo por isso o evangelho tem urgência em ser anunciado...
ResponderExcluirParabéns Emanuel pela bela reflexão