“Se não pudermos ser austeros, pelo menos sejamos sóbrios”.
Essa frase proferida por Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana, em uma
Celebração Eucarística ocorrida no Seminário, chamou-me bastante atenção. Muitas vezes colocamos para nós ideais muito altos ou, talvez, até humanamente
falando, difíceis ou impossíveis de serem alcançados. Isso não quer dizer que
não devemos aspirar coisas altas, mas que muitas vezes ficamos apenas em belos
discursos e não partimos para a prática. Creio ser preciso ter metas que
comecem ser realizadas a partir de pequenos gestos cotidianos e que a sobriedade seja mais bem vivida
entre nós. Digo isso, pois me envergonho como a nossa querida pátria amada tem
sido conduzida. Governantes que, em sua maioria, ao invés de serem
representantes dos interesses comuns, na verdade preferem defender seus
interesses exclusivamente particulares. Entretanto, também, não tirando de
forma alguma a culpa deles, há tantos casos entre nós de corrupção desde a fila
do banco, o troco errado, o famoso “jeitinho brasileiro”, o burlar as leis e
outros tantos modos que muitos infelizmente arranjam de tirar vantagem.
Reclamam dos políticos, mas estão no mesmo barco!
Tenho vergonha de como o nosso
consumismo desenfreado tem destruído nosso planeta. Há pessoas com guarda-roupas
tão cheios e mentes e corações tão vazios. É preciso sermos mais sóbrios! Não
deixemo-nos conduzir pelo lado sentimental apenas que nos induz comprar tudo o
que vemos. Muitos podem dizer, mas o dinheiro é meu, faço o que quiser com ele!
Sim, o dinheiro é seu, mas o planeta é nosso.
Que planeta-lar você deseja
deixar para as futuras gerações? Ou melhor, para seus filhos? Familiares? Seus
amigos? Aprendi no ensino fundamental a cuidar da natureza, mas parece que
muitas vezes o interesse econômico parece ser, ou é tratado como se fosse, o
fator mais importante do que conservar nossos rios, matas, nascentes,
patrimônio histórico, enfim, a Amazônia, por exemplo.
Comecemos uma conversão para quem é
religioso ou não, conversão para uma mentalidade que busque ver o planeta não
como um olhar de exploração, mas de sustentabilidade. É como se estivéssemos em
um barco onde moramos e não há outro lugar para ir. Todos, sem exceção, estamos
nesta embarcação e dependemos dela para sobreviver. Se não começarmos a mudar
nossa atitude, um dia a embarcação não vai ter como nos manter e padeceremos
todos, seja, primeira, segunda, terceira, quarta ou quantas classes existirem. A escolha é nossa! Façamos a diferença!
Emanuel Tadeu
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