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Eu, Deus e a Vocação


...
Chama... Chama... Chama...
Maria, João, Pedro, Augusto, Gustavo, Cecília, Carlos, Patrícia, José, Carla, Camila...
Algo me chama: Quem? Para onde? Quando? Como?
O que fazer? Qual rumo tomar?
Acho que estou confuso. Pareço um pouco perdido.
Deixar tudo? Mudar de casa? Mudar os rumos? Mudar a rotina?
Será que vai dar certo? Será que estou certo? O que vai acontecer?
São tantas perguntas! São tantas dúvidas.
Ah! Meu Criador chama-me! Isto eu bem sei. Ou talvez nem tanto.
Mas para que? Para onde?
Ah! Quem dera se aparecesse um anjo de asas grandes e me dissesse o que fazer.
Que esse ser celestial viesse e me pegasse pela mão e me levasse até onde Deus me chama.
Eu seria eternamente grato a este ser angelical.
Ah! Sonho desejado, mas pouco realizável.
Ou melhor, que boa irrealização!
Sim, boa dúvida, boa angústia, bons questionamentos.
Logo, bom discernimento.
Se não duvido, não cresço. Se não há conflitos, não amadureço.
Se conflituo, logo penso minha vocação.
Estabilidade?
Talvez. Mas creio que não ainda ou talvez não nesse instante do existir.
Discernimento é movimento
O chamado não é estático
O sim é diário
A renúncia é constante
Os afetos insistentes
A entrega cotidiana.
Assim, como não se faz santo em um dia, não se discerne em um segundo, mas precisa-se de tempo. Tempo... Tempo...
Oh caro amigo tempo, só te peço um grande favor:
Permita-me, ao fechar os olhos para esse mundo, parti feliz pela realização da minha vocação.

Emanuel Tadeu

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