Num
domingo à tarde, andando pela cidade algo me inquietou. Caminhando vi ruas
quase vazias, lojas fechadas, o sol pairava emitindo calor. Uma fresta na janela de uma casa permitia ver
uma televisão ligada que transmitia uma programação dominical de entretenimento.
Entreter, essa é a palavra que define aquela experiência humana comum de
domingo à tarde. O ser humano busca se entreter, a existência parece muito
vazia e busca-se vedar com algo esse buraco existencial. O churrasco e a
cerveja são formas de entretenimento para aliviar a solidão que habita em cada
um. Entreter é o modo humano de colocar um pano em cima da ferida para que ela não
doa tanto. Quantos vivem se iludindo e não pensam em seu existir ou não se
interessam por isso! Realmente andar por um lugar no domingo à tarde é percorrer
no vazio humano, caminhar descalço em pedras. Diante desse espaço vazio humano
só Algo o completa!
As mãos que vejo Cansadas da labuta Com força e ternura São dela, são da mulher. Mãos de trabalho, Mãos do afago, Mãos de mãe, Mãos do regaço, Mãos de mulher. Os olhos que vejo são dela Olhos recheados de amor Banhados pela vida Entre tantas feridas São dela, são da mulher. Os pés nos sapatos Entre um passo e o descompasso Caminham pela vida Deixam passos em seguida São dela, são da mulher. O sorriso aberto As palavras em melodia O gosto pelos filhos A luta de cada dia São elas, são mulheres. De calça ou de saia No escritório ou na cozinha Nos livros ou nas panelas São atentas e fortes São elas, as mulheres. O coração em seu peito Palpita em segredo No ritmo da vida Trabalho e família É dela, é da mulher. Não se preocupe, ó doce ser A vida tem tantas batalhas Mas no correr dos ponteiros Não deixarão passar em branco A grandiosidade do seu ser,...
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