(Imagem: Internet) Quero escrever sobre a vida. Há mais mistério do que respostas. Mistério não no sentido de algo obscuro e irrevelável, mas que muita coisa nós não damos conta de explicar ainda. Na mesma fila daquele lugar que tem o nome curioso de drogaria, estava uma velinha e um velhinho. Pareciam ter a mesma idade. Pelo menos o rosto enrugado e cabelos brancos de ambos estavam em conforme sintonia. Entretanto, eram diferentes. Ela, uma doce senhora, pedia licença para passar e com voz de vovó pedia ajuda para comprar seu medicamento com os escassos recursos que tinha. Mal sabíamos que era viúva há pouco menos de três meses. Teve dois filhos. A filha mais velha, a mais comportada, estudiosa e que lhe ajudava tanto, morrera há 15 anos de câncer. Seu filho mais novo desde os 13 anos só lhe dava trabalho. Entrara para o maldito mundo das drogas e causava-lhe constante desgosto pela desobediência e rebeldia. Ficava o dia inteiro no quarto e à noite saia para usar “aquelas porcar