Outro dia precisei do contato de uma moça e, como não o
possuía, solicitei ao seu namorado. Após pedi-lo no whatsapp, ele enviou-me o
contato dela. Interessante que ele não salvou o número com o nome da namorada,
mas estava escrito amor. Não é a
primeira vez que recebo um contato assim. Fiquei pensando como é significante
quando o amor se torna pessoa. De um sentimento abstrato, de repente nomeia um
ser. Já não é mais João, nem Maria, Sebastião, Giovana, mas amor. O amor se fez carne. O amor
personificou-se.
Um dia, faz
algum tempo, o Verbo se fez carne, o amor divino também ganhou forma humana. Um
amor pleno que ensinou a amar. De vez em quando ouço um esposo falando com a
esposa ou vice-versa: amor! A
passagem do abstrato para a carne, do invisível para o visível talvez seja algo
bastante natural que nem damos conta disso no dia a dia. E que pena!
Oxalá a
ideia se transforme em atos de bem, o amor dentro de mim se torne real fora de
mim mesmo, o amor se torne amor, pois o amor para se encarnar fala mais com
gestos do que propriamente com belas palavras...
Emanuel Tadeu
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