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Mostrando postagens de 2018

5 de Novembro

De repente abri os olhos Estava defronte a um grande lago Aproximei-me de sua margem e ao inclinar-me contemplei o espelho na água Vi todos os vinte e um anos passados Vi pessoas, fatos, histórias Ri, chorei, agradeci, senti saudades, rezei, cantei, me alegrei... Contemplei e silenciei... Ao levantar os olhos Pairando no horizonte minhas utopias Vi dois patinhos navegando no singular lago.

Uma reflexão sobre a vida

Como as árvores desfolham no outono para na primavera voltar à vida Como o sol que se põe ao entardecer para na aurora ressurgir fulgurante Como o dia que se finda na esperança de um novo amanhecer Assim é a vida humana: Tempo muito breve para amar Período para viver a verdadeira felicidade Ocasião para fazer o bem Época de deixar rastros de céu na vida das pessoas Momento de construir amizades que permanecerão para sempre em nosso âmago Mas há um tempo em que isso silencia Um momento profícuo em que dois corações e duas vidas se separam terrenamente Essa ocasião é a morte terrena! A saudade domina, mas não a tristeza A lembrança dos bons momentos inunda o coração agradecido A gratidão toma seu lugar no mais íntimo de nosso ser Mas por que não entristecer? Qual o motivo de não se revoltar? A mão de Deus nos ampara A certeza da ressurreição nos consola Cantemos! Brademos! A Vida venceu a morte! Por isso, não percamos tempo

Arcanos da Morte

(Imagem: arquivo pessoal) Desinquieta criatura Caminha sem um ritmo Vaga no mundo Anda sem destino. Ó Morte, onde estás? Por onde andas? Qual o próximo lugar? Onde vais pernoitar? Por que nos leva sem avisar? Qual motivo de tal crueldade? Estava há pouco ali Agora não mais sorri. Não és tua a culpa Mas tão somente nossa Pois não sabemos conviver Choramos amigos Os quais não tivemos tempo de rever. Abraços não dados Sorrisos não correspondidos Perdão não consentido Coração arrependido. Perdoa nossa dureza Encontra-nos preparados Leva-nos a Deus Alegria de Filhos amados. Ó Morte, nossa irmã Não assustas tanto Quem vive de acordo Com o saber santo. Descansa em paz! No suave adormecer Espero, um dia, tua visita Descalço em meu ser. Emanuel Tadeu #arcanosdamorte #morte #finitude #serhumano #viver #utopiadoviver

Não 'procupa', filhinha, Papai vai voltar!!!

   Estava eu em uma viagem e, como de costume, no primeiro banco do ônibus. Ali eu contemplava a paisagem e refletia tantas coisas que passavam em minha mente, quando o ônibus se aproximou de um caminhão de pequeno porte. Observei que no para-choque daquele veículo havia uma frase: “Não procupa, filhinha, Papai vai voltar”. Percebi que tanto o motorista como o cobrador comentavam sobre aquela frase. Também comecei a refletir sobre ela.    Que mensagem comovente, pensava eu, um pai, saindo para trabalhar, dirigia a sua filha dizendo que voltará. Provavelmente, a filha sempre o perguntava: “Papai, o senhor volta né?” e ele respondia afetuosamente: “Não procupa, filhinha, Papai vai voltar”. E pegava a estrada com os olhos banhados em lágrimas pedindo a Deus que o trouxesse para junto de sua família após o trabalho. Assim respondia tantas vezes até ter a ideia de colocar no para-choque de seu caminhão. Que gesto de amor, refletia eu. Foi quando percebi que não era desse modo que

Páginas de um Povo

Dos Croatas e Puris, Bandeirada de Manoel de Melo, Marcou o ponto de espera, Para aguardar seus chefes. Encantou-se pela região, Ali fez sua habitação, Construiu sua fazenda, Cultivou plantações. Nasceu o povoado, Queremos uma capela! Será para Senhora da Piedade! O bispo de Mariana deu concessão. Primeiro sumiu a permissão, Desavença com Francisco Rego, Novamente solicitado, O pedido foi novamente concedido. Em 1760, demarcaram o lugar, O povo receberia sua capela. Frente voltada para o leste, Cinco anos de construção. Enfim terminada, Primeira missa no natal, Dezembro de 1765, Padre Manuel Ribeiro Taborda. Distrito de Piranga, Depois Nossa Senhora da Piedade da Boa Esperança, Enfim chegou ao consenso, Cidade de Rio Espera. Do vilarejo à cidade, Da capela à Matriz, O povo rioesperense, Na simplicidade é feliz. Cidade pequena, Lar das famílias, Tem Maria como protetora, Ó Senhora da Piedade

Uma questão de ótica

(Fonte: Internet) Era uma vez uma floresta. Nela viviam muitos animais. Certo dia houve uma eleição e a coruja foi eleita pelos animais como sua representante. A coruja foi considerada honesta, digna do cargo para o qual foi eleita. Um dia a raposa procurou a coruja. Ao chegar à árvore em que ela trabalhava, chamou-a e disse: "Preciso de um favor". "Diga qual é", respondeu com atenção a coruja. "Necessito de madeira para construir um paiol." "Um paiol?", indagou a ave. "Sim, quero guardar alimentos das minhas plantações para ter o bastante para meu sustento", respondeu a raposa. A coruja ficou pensativa, pois sabia que os recursos da comunidade deveriam ser investidos no bem de todos e não somente de um membro, tendo como exceção os momentos de enfermidade e outras circunstâncias necessárias. A coruja pensou e disse: "Prezada raposa, sei que você quer construir um paiol para estocar alimento, mas estamos

Êxodo do Ninho

Ninho confortável. Ninho cômodo. Comidinha na boca. Proteção. Segurança. Estabilidade. Mas é preciso alçar voos! Difícil? Perigoso? Arriscado? Doloroso? Sim, mas altamente necessário. Ficar no ninho? Não se deve! É preciso autonomia. Arriscar-se! Corte o cordão umbilical! Saia debaixo das asas de seus pais! Dê passos avante! Ame sua família, Mas alce voos! Conheça o mundo! Busque crescer. Voe, simplesmente voe, e verá o céu... Emanuel Tadeu* *Poesia escrita após uma fraterna conversa entre os membros do Grupo de Orientação Vocacional (GOV). #Êxododoninho #Família #Pais #Filhos #Amor #Poesiar

São Filipe Néri

(Imagem da internet) Se um sorriso é bom Melhor ainda vindo de Deus. Se a alegria é um dom Filipe Dele recebeu.  São Filipe Néri De um coração imenso Não olhava para si Mas buscava o outro. Tantos foram os desafios Quantas tribulações Mas buscou força N’Aquele que é a fortaleza. Queria ser missionário longe Mas descobriu outro campo No rosto dos sofredores Viu nosso Senhor. Amável Filipe Néri Sorriso divino Recebe nosso louvor Ó santo intercessor. Emanuel Tadeu #santododia #sãofilipenéri #santodalegria #viver #utopiadoviver

Brasil

Não desanimar... (imagem: Internet) Imagine se o bebê na primeira queda desanimasse de andar? Imagine se a criança desistisse de aprender a andar de bicicleta no primeiro ralado devido ao tombo? Imagine se no primeiro zero, o aluno desistisse de estudar? Imagine se no primeiro não, o jovem desistisse do emprego? A vida é assim: cheia de quedas e progressos, alegrias e tristezas. Mas não podemos desanimar! Não devemos desanimar! Não iremos desanimar! Somos brasileiros! Em nosso hino cantamos que nem um filho deste País foge à luta. E assim deve ser. Não devemos desistir de uma Nação melhor, não podemos cansar desta Pátria amada... De Igualdade, Paz, Justiça, Fé e Amor entre nós. Somos brasileiros, verde e amarelo. Em nossa bandeira predomina o verde, a cor da esperança, esperança de um Brasil melhor do que hoje. Não vamos desistir! Não percamos a esperança! Somos brasileiros até o final. E você, o que diz? Emanuel Tadeu

Rita, nossa Santa

(Imagem: Santa Ritinha, minha primeira imagem sacra / acervo pessoal) Santa virtuosa de grande amor Viveu sua vida em favor de nosso Senhor. Desde criança apresentava sinais de santidade, Sua fé era fonte de suma caridade. Casou-se por obediência Com um homem cruel, A jovem de Roccaporena Conquistou para ele o Céu. Entrou no convento de modo inexplicável, De uma forma bastante serena, Seus protetores a levaram E a colocaram no mosteiro de Santa Maria Madalena. Recebeu do próprio Cristo um espinho O qual fez alcançar elevada perfeição. Na fronte, a chaga se encontrava E grande dor lhe causava. Viveu sua vida para o Senhor Ele foi o seu grande amor, Sigamos também seu exemplo Vivendo em favor d’Aquele que nos criou. Rita, mulher admirável, Símbolo de fidelidade, Ajuda-nos a termos hoje Uma fé repleta de santidade. Emanuel Tadeu #santarita #ritadecássia #fé #devoção #santidade #utopiadoviver

Mães... Simplesmente mães...

Toda mãe parece não ser normal. Os filhos cresceram e elas os chamam de crianças, meus meninos, pequenos. Já são adultos e elas os tratam com extremo cuidado. Se está doente... Ai, ai, ai... Preocupação redobrada, Xarope, chás, conselhos, cuidado! “Não vá se molhar!” Não pega friagem! Use a blusa! Os filhos saem de casa, mas não saem do seu coração. Mudam de cidade, mas não de seus pensamentos. Estejam perto ou longe, sempre estão presentes em suas orações. Filhos não crescem! Pensam elas... Mas na verdade, a verdade é outra: Não são os filhos que não crescem São as mães que não deixam de amá-los Amá-los como se ainda estivessem dentro de seu ventre Pois antes de formar no seu corpo Uma mãe cultiva o filho no coração Há bastante tempo. E desse lugar eles nunca sairão! Daí não tem parto, partida, nem despedida... Mãe é mãe Mãe é vocação constante Não se aprende em cursos É tarefa singular Mãe... Querida mãe... Mãe é simpl

Ressurreição

Orvalho na rosa Manhã cedinho Sol despertando Vento suave tangendo as folhas Acorda Maria Madalena Apressada vai ao túmulo. Pássaros cantando Dia renascendo Borboletas voando Curvas silenciosas no lago. Maria Madalena afobada Suor na fronte. Pedra retirada Vento entre as faixas de linho Uma lagartixa passeando O canto dos pássaros Madalena desesperada: - Onde está o corpo do Senhor? Crianças brincando Mulheres lavando as roupas Homens no labor do campo Pedro e João correndo. Sudário da cabeça ao lado Sinal de retorno Corações disparados Mas a natureza serena. Não está ali! O vento soprando Rindo de tudo Gente de pouca fé! Como a dança das faixas Como o cintilar das folhas Com o sol quente Ele vive Repousa no eterno Impossibilidade da matéria Certeza da Fé No sepulcro vazio Não há solidão Há dedilhado de canção: A canção de Ressurreição! Emanuel Tadeu #ressurreição #páscoa #fé #utop

Páscoa

A semente germinou e cresceu Tornou-se árvore De grande porte, viçosa, atraente. Mas um pássaro nela fez nascer erva E a erva espalhou-se Multiplicou-se sem que a árvore tomasse consciência Ela não sabia da gravidade daquela parasita Deixou crescer Um dia a árvore percebeu que já estava tomada pela erva O senhor disse que precisaria cortá-la Mas perguntou a árvore se poderia podá-la Receosa, aceitou sem esperança A poda foi profunda Muitos acharam que não haveria recuperação Pareceria haver morrido a pobre árvore Galhos cortados, nenhuma folha, frio, dor... Mas no terceiro dia algo aconteceu Um brotinho surgiu A esperança germinou A vida não havia acabado Aquele broto cresceu Foram surgindo outros brotos O que parecia perdido foi reencontrado A árvore recuperou seu vigor Floresceu e produziu muitos frutos A passagem aconteceu Morte para Vida A Páscoa concretizou-se A árvore, hoje, é sinal de vida, alegria, Ressurr

Uns-Tópicos de perdão...

(Imagem da Internet) Eu perdoo Tu perdoas Ele ou ela perdoa Nós perdoamos Vós perdoais Eles ou elas perdoam A conjugação do verbo perdoar no presente do indicativo não é tão complicada de fazer, mas colocá-la em prática, meu caro, isso nem sempre é tão simples assim. Que arte é o que chamamos de perdoar! Sim, uso o verbo perdoar no infinitivo significando que devo estar aberto a dar o perdão e a pedi-lo quando necessário. Devo usar o verbo no gerúndio, ou seja, perdoando, que quer dizer repetir o ato sempre, o tempo todo, até “sete vezes setenta e sete” como disse Alguém bem conhecido por nós. Conceder o perdão é uma das tarefas humanas e posso arriscar a dizer que é uma das artes mais desafiadoras que compete a nós, mas que deve ser exercitada cotidianamente. Mas por que é tão difícil? Pois significa não esquecer aquele fato que alguém lhe fez, mas olhar para a pessoa e o acontecido sem mágoa ou ódio. Você vê a situação, lembra-se dela, mas essa não lhe causa do