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Mostrando postagens de 2025

Escutatória

(Imagem: do autor)  Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de ideias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o ...

Dona Teresa ɘ Karollayne

  (Imagem: internet) Dona Teresa observava pela janela a sua vizinha Karollayne. - Como é bonita... Mas como é sem-vergonha! Ali a conjurava em seu coração, pois estava indo para mais um carnaval. Todos os anos ela frequentava os festejos feverescos. Ambas morreram no mesmo dia. Dona Teresa, de infarto, em sua casa. Foi achada por seu sobrinho três dias depois. Karollayne em um acidente de moto, na BR 040, enquanto viajava com seu namorado. E que surpresa teve Dona Teresa ao chegar do outro lado e vê que lá estava, Karollayne, na fila para entrar no Céu. Manu

São José

  (Imagem: internet) Hoje é dia de rememorar esse grande homem! Trabalhador, esposo, pai, crente... Alguém de carne e osso que enfrentou as dificuldades da vida humana inerentes da nossa condição. Todavia, não o fez de qualquer jeito, mas com bons valores. José é modelo, não por ser perfeito - só Deus o é, mas por ter sido o melhor que pode dentro das condições que possuía. Zela por nós, ó carpinteiro de Nazaré!  Manu

Incoerenciando

  (Foto: do autor) Ela reclamou do calor do tempo... Entretanto, levou diversas sacolas de plástico do mercado, pois nunca teve uma sacola ecológica. Ele ficou indignado com a sujeira do centro... Porém, ao deliciar-se com seu picolé, lançou a embalagem vazia na praça, na ponte e na rua. Enfim, julgar a culpa nos outros é sempre fácil. O difícil é assumirmos a responsabilidade pelo Planeta! Manu

Ponto de Ônibus

  (Foto: do autor) Ponto de ônibus é um lugar interessante.  Vez ou outra, tem um ponto que gosto de parar, sentar e meditar.  Rodoviária é outro lugar que estimo muito. Esses lugares me dão uma ideia de chegada e partida, encontro e despedida... O chegar ao novo ou o retorno. A partida de onde se criou raízes para o desconhecido. Há tanto sentido perdido nesses lugares. São pontos de espera. Na vida, a maioria das coisas não são no nosso tempo. Como é difícil esperar. Malas, mochilas... As bagagens são típicas. Quem não carrega nada consigo? Carrego tanta coisa. Nem tudo queria levar comigo. Nem tudo gostaria de ter deixado.  Aqui estou eu neste ponto novamente. Não entrarei em um ônibus. Todavia, estou na estação da vida. Buscando repertórios para ViVer. Manu Juiz de Fora, 08 de Junho de 2025