A morte mora ao lado É uma vizinha Mora na casa do lado da minha Vizinha discreta, silenciosa Nunca a vejo As janelas de sua casa vivem fechadas Cortinas baixadas Portas cerradas Jardim regado Um dia ela partirá de sua casa Sairá pela porta da frente Caminhará rumo a minha porta Não vai adiantar tentar fugir Só tenho uma alternativa Descer as escadas Recebê-la na porta E dizer: pode entrar! Emanuel Tadeu